segunda-feira, 7 de setembro de 2009

waste allocation load lifters - earth


hoje é segunda-feira sete de setembro.
um feriado qualquer, com direto a brigas e passeios furados.
ou seja, um feriado comum.
exceto pela noite, que foi uma das melhores surpresas por mim já vividas.
eu explico: todo mundo vinha falando de wall-e - a animação da pixar - já há algum tempo.
e eu, como sempre, preciso mais do que pessoas falando sobre pra ir atrás da coisa.
depois de ler uns comentários apaixonados e uma resenha lindíssima (vide omelete.com) resolvi assistir.
(é aí que eu mostro o quanto sou controversa)

minha animação favorita sempre foi toy story.
quando era menor, tinha todas as falas gravadas na cabeça: das mais importantes às mais inúteis.
(eu ainda lembro do dinossauro falando 'tá me batendo um sentimento de culpa')
enfim, meus personagens feitos em computador favoritos sempre foram buzz e woody... até hoje.

wall-e é despretensioso: começa com uma alusão à uma odisséia no espaço, com uma musiquinha legal que eu desconheço e o simpático robôzinho fazendo seu trabalho.
que é limpar a terra do lixo que os humanos encheram (literalmente).
ele coleciona de nós o que acha interessante: um cubo mágico, isqueiros, fitas k-7, filmes e por aí vai.
tem uma também simpática baratinha (em que outra ocasião eu chamaria uma barata de simpática?), que é amiga do robô.
a história do filme é basicamente essa: o último robôzinho de sua espécie, mais sua amiga barata, limpando nosso lixo enquanto os humanos estão numa nave gigante no espaço esperando a terra ser limpa e habitável novamente, com direito a uma paixão no seu percurso.

mas o foco do post não é fazer uma crítica do filme.

bem, sem contar despedidas - que é covardia - fazia um tempo que eu não chorava.
nos primeiros vinte minutos de filme a vontade já veio (se alguém resistir aos olhinhos dele eu pago um real).
engoli, claro. sou macho.
vieram mais algumas vontades de chorar ao longo do filme, continuei segurando.
no final não deu.

wall-e é muito mais que uma animação de primeira, é um filme de primeira.
eu não sei como os caras da pixar conseguiram fazer de um filme que é quase mudo, que conta a história de um robô apaixonado e de humanos idiotas ser tão tocante.
o filme não é apelativo e nem cheio das comédias.
é sutil em sua proposta.
diverte, faz refletir e comove até quem não tem um coração batendo no peito.

wall-e me devolveu o prazer de assistir uma boa animação (o último que vi foi shrek 3, terrível), o meu carinho por feriados & segundas-feiras e devolveu o que eu havia perdido faz um tempo: as minhas lágrimas fáceis.

wall-e devolve através de um robô o que nunca deveria ter saído da gente: a humanidade.

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