terça-feira, 18 de agosto de 2009

stop whispering

and my mother say "we spit on your son some more."
and the buildings say "we spit on your face some more."
and the feeling is that there's something wrong..



que tenha algo errado, assim meu livro sai mais rápido.

sábado, 8 de agosto de 2009

em luz e sombra

e era sempre: "não foi por mal, eu juro que nunca quis deixar você tão triste."
sempre as mesmas desculpas e desculpas nem sempre são sinceras... quase nunca são.

o passado vindo à tona e com ele, cheiros e sensações adormecidas.















singing 'i miss you'.

sábado, 1 de agosto de 2009

constatações

10 20 30 40
tell me that you wanna hold me
tell me that you wanna whore me.
(sonic youth)

Hoje foi um dia comum. Foi não, é, pois não passa das 19:13.
Fui visitar minha tia e por lá não fiquei mais que meia hora.
Voltei e, no caminho, resolvi sentar pra fumar. Sentei numa daquelas mesinhas de praça, e nela estava sentada uma criança com seus dez anos, no máximo.
Levantei, afinal, fumaça faz mal pra criancinha.
Fiquei numa distância considerável da criança. Suficiente pra ouvir a conversa com sua mãe.

Mãe diz: Tá vendo? É desse tipo de gente que eu falei pra você ficar longe.
Criança diz: Por que?
Mãe diz: Porque eles não têm nada na cabeça, são um bando de sem vergonha.

É, era eu a sem vergonha.

É estranho se transformar (entre aspas) naquilo que as mães advertem suas crianças.
Isso me lembra minha infância, quando todos diziam pra ficar longe dos gays, das putas, dos loucos, dos bêbados...
E hoje eu sou boa parte desses que eu citei.
É mais estranho ainda constatar que as pessoas crescem com medo dessas 'gentes'. Afinal, eu não sou nociva à sociedade.
Não há o que temer. Distúrbio mental? Ter medo é um pouco demais. Homossexualidade? São eles que tomam no cu, pra quê se preocupar? Puta? Cada um faz o que quer. Ou o que é preciso. Bêbado? A gente não quer só comida...

Advertências prévias, muito prévias:

Loucos: Fique longe, bem longe.
Putas: Joga bosta.
Gays: Bando de sem vergonha.
Bêbado: Vagabundo que não quer trabalhar.

Um viva ao que a gente ouve na rua desde que o mundo é mundo.