quinta-feira, 25 de agosto de 2011

aniversário.

Agora não me cabe mais clichês, velhas frases ou atitudes. Agora é tempo novo. Agora é tempo de morangos. De apostar nas ameixas. Ou de dizer “Que seja doce.” Agora é tempo de ser estupidamente antigo. Agora é tempo de multiplicar o que te forma; Subtrair o que dói; Adicionar o que te é saudável; Dividir o que te faz bem; E excluir a matemática dessa vida, afinal você é Humana. Não adianta bancar a madura, a gente ainda tem 16 e 14-quase-15. A gente ainda chora com “Por toda minha vida” do Renato Russo. E a gente ainda conta estrelas de manhã. É tempo de esquecer os velhos hábitos, querida. Esquecer que agosto é mês de cachorro louco. Ou, quando nas piores, dizer que tempo de morango já passou, que é julho. É tempo de voltar a citar as frases, os trechos. De ler Morangos pra mim na cozinha. Ou d’eu te dizer que não, não adianta bancar o distante... É tempo de te ver sorrir no dia 25. Tempo de não passar agosto esperando setembro. Agora é hora de correr no Louvre. Ou de andar sobre as nuvens de all star vermelho. Tempo de fumar demais, de beber demais, de ser inteiramente demais. Exagerada, mas nunca jogada aos pés de ninguém. Também é hora de ser menina, meu amor. É hora de assumir que você não é tão grande assim. Que você pode e vai fraquejar. Que pode e vai chorar. E vai pedir colo. Não é vergonha ser humana, desumana. Vergonha é ser robô. Agora é tempo de crescer e aparecer. Mas, se der vontade, diminui e desaparece que eu te espero voltar. É tempo de mandar que o mundo se exploda. Mas também é tempo de relativizar. É tempo de enfim, me ver te agradecer por todas as coisas que fizemos juntas. E por ter conseguido o absurdo: Me fazer entender Nando Reis. É tempo de redundâncias. E por isso digo a maior: Eu te amo. Da Tua.  [da série: coisas que não consigo falar, por isso escrevo.]